Cada país tem normas que tratam sobre o transporte de objetos no espaço aéreo em voos comerciais. No Brasil, essa regulamentação é feita pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). A agência disponibiliza uma lista com itens que os passageiros podem ou não podem transportar, bem como aqueles que possuem restrições para o transporte na bagagem de mão ou despachada. Se você vai viajar e pensa em levar seus aparelhos eletrônicos no avião, é importante ter atenção redobrada. Apesar de a lista da ANAC trazer itens que podem ser despachados, na prática, se você tentar transportar certos itens com baterias de íons de lítio, será barrado. Por isso, o indicado é não arriscar.
As especificações da bateria que alimenta o dispositivo são o fiel da balança para determinar as restrições no seu transporte. Isso acontece porque as baterias, especialmente as de lítio, são conhecidas por seu potencial de queima espontânea, quando sobrecarregadas, expostas a altas temperaturas ou curtos-circuitos. Confira abaixo os eletrônicos que você precisa ter atenção na hora de transportar.
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1. Câmeras digitais e notebooks
Câmeras digitais e notebooks movidos a bateria de lítio metálico contendo até 8 g de conteúdo de lítio são itens que, como consta no site da ANAC, estariam autorizados para ser despachados. No entanto, a agência recomenda que sejam levados na bagagem de mão. Ainda assim, o passageiro deve tomar algumas precauções para prevenir a ativação não intencional e proteger os aparelhos contra danos. Por isso, opte sempre por não despachar e evite maiores problemas na hora do embarque.
Câmeras digitais e notebooks devem ser completamente desligados, inclusive com as baterias e os elementos geradores de calor sendo isolados dos dispositivos. A medida visa evitar que o aparelho entre em combustão. Vale ressaltar, que o transporte dos dispositivos dependem da aprovação prévia do operador aéreo.
2. Veículos recreacionais portáteis
Para veículos recreacionais portáteis, como o hoverboard, a ANAC permite o transporte tanto na bagagem de mão quanto na despachada, mas, em ambas, a agência faz ressalvas e recomendações. Assim como ocorre em relação à câmeras digitais e notebooks, na prática, as companhias aéreas muito provavelmente vão barrar eletrônicos na mala despachada. Por isso, opte pela bagagem de mão, mantendo completamente desligados, inclusive com as baterias e os elementos geradores de calor sendo isolados dos dispositivos a fim de evitar incêndios.
Aeronaves não tripuladas tais como drones, RPA e VANT teoricamente poderiam ser despachados, mas, mais uma vez, a ANAC faz ressalvas em relação ao isolamento da bateria, visando prevenir uma possível ativação involuntária dos dispositivos. A medida vale para dispositivos que possuam bateria até 100 Watt-hora (Wh) de potência e para aqueles que possuem baterias que têm entre 100 Wh até um máximo de 160 Wh. Como dito nos dois casos anteriores, aeronaves não tripuladas devem ser desligadas e isoladas completamente da bateria que as alimenta. Vale ressaltar que o transporte desses dispositivos necessita de prévia autorização do operador aéreo.
4. Carregadores portáteis, baterias externas e power banks
A ANAC prevê que carregadores portáteis, baterias externas e power banks sejam transportados apenas na bagagem de mão, sendo vedada a opção de despachar esses dispositivos. A agência, no entanto, faz ressalvas para o transporte desses itens mesmo para bagagem de mão. Tanto as baterias sobressalentes quanto os carregadores power bank devem ter até no máximo 160 Wh e serem completamente isoladas para evitar a ocorrência de curto-circuitos durante o voo. Caso a bateria tenha mais de 160 Wh, não pode ser transportada de modo algum. Para saber quantos Wh o dispositivo possui, procure a informação que deve estar colada na parte interna da bateria, ou acesse o site do fabricante com o modelo em mãos.
A exemplo do que ocorre com carregadores portáteis, o cigarro eletrônico e demais dispositivos para fumar, alimentados por baterias, só podem ser transportados na bagagem de mão. Mais uma vez, a fim de evitar curto-circuitos em dispositivos geradores de calor, a ANAC prevê que esses itens sejam completamente isolados de suas baterias, e que tenham até 160 Wh. Caso esses dispositivos superem os 160 Wh, também não poderão ser transportados em qualquer hipótese. No caso de cigarros eletrônicos, a agência recomenda adicionalmente que o passageiro se informe em relação restrições impostas pela Anvisa que esses dispositivos possam ter.
Com informações de ANAC.
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