Os notebooks são máquinas fundamentais na rotina, tanto para o trabalho como para o lazer, mas seu uso em excesso pode causar danos sérios à saúde do usuário. A exposição prolongada à tela, por exemplo, pode trazer problemas à visão e piorar a qualidade do sono. Já ficar sentado por períodos extensos tende a piorar a postura do usuário, o que, a longo prazo, pode trazer consequência graves para a coluna. Por tudo isso, especialistas indicam que fazer pausas e se afastar do notebook por alguns minutos é essencial para manter a saúde — e também é indicado para aumentar a produtividade.
Seja pelo simples entretenimento ou por serviços obrigatórios, o fato é que as pessoas estão dispostas a passar horas com os olhos grudados em um computador, e muitas vezes com má postura. A seguir, confira a lista do TechTudo com seis perigos de usar o notebook por muito tempo que você precisa saber.
Passar horas em frente ao computador durante a noite expõe o usuário a uma luz capaz de fazer o organismo acreditar que ainda é dia. Isto porque a luz emitida pelas telas afeta diretamente a produção de um hormônio regulador do sono, a melatonina. O hormônio diz ao corpo que é preciso adormecer, mas o brilho dos notebooks impede sua produção e desregula o ciclo de sono, o que pode aumentar problemas como a insônia.
A privação de uma série de noites de repouso pleno ainda pode desencadear diversos problemas para a saúde. Doenças cardiovasculares, danos cognitivos e até mesmo a redução da imunidade são alguns dos riscos adquiridos pela negligência de um descanso adequado.
Estudos comprovam que usar o notebook por longos períodos pode provocar um declínio nas habilidades cognitivas. Isto é especialmente perigoso para crianças e adolescentes, já que o cérebro ainda está em desenvolvimento, e o excesso pode causar uma má formação no campo linguístico, por exemplo. Já nos adultos, o uso demasiado pode afetar diretamente o pensamento crítico e acostumar o cérebro a não resolver desafios por conta própria, levando a uma deterioração das habilidades cognitivas ao longo do tempo.
Uma das consequências dos longos períodos gastos em frente aos monitores se traduz na maneira como isto condiciona o estilo de vida do usuário. Gastar horas sentado, movimentando apenas os dedos das mãos para digitar no teclado, e sem dedicar o tempo necessário para exercitar o restante do corpo, pode ser considerado um comportamento sedentário. Ao deixar de estimular devidamente a estrutura física, os músculos perdem força, aumentando o risco de desenvolver doenças crônicas.
A luz azul natural do sol é comprovadamente benéfica para o nosso corpo, mas a exposição em excesso à luz artificial traz consequências para a saúde ocular. O brilho dos displays de notebooks produz uma radiação visível de alta energia que, a longo prazo, pode causar problemas crônicos na retina.
Além disso, o esforço contínuo para realizar uma leitura ou outra atividade que exija profunda atenção também pode acarretar uma tensão nos olhos, e, quando a concentração está na tela, devido à tecnologia dos displays, a visão fica sempre submetida a um estresse considerável. Este tipo de hábito pode contribuir para o desenvolvimento de algumas condições, como a miopia.
O uso prolongado do notebook também diminui a lubrificação ocular, já que a tela nos faz piscar menos. Com isto, sintomas como dor, irritação e coceira ocular se tornam comuns.
A forma como nos posicionamos para manusear um computador afeta diretamente a coluna, ocasionando uma postura desequilibrada e encurvada que se agrava com o prolongamento do uso. Muitas vezes, a atenção depositada na tela do notebook distrai o usuário do desconforto das posições, mas, depois de desligada a máquina, é comum sentir dores no pescoço e nas costas. A longo prazo, esse hábito pode desencadear problemas crônicos na coluna.
Além disso, a negligência com o alinhamento corporal também pode gerar problemas mais graves, como o desenvolvimento de coágulos sanguíneos. Isso porque o posicionamento inclinado e as pernas dobradas podem dificultar a circulação do sangue. Por isso, é tão fundamental fazer pausas durante o uso para caminhar e mudar de posição.
6. Dependência tecnológica e isolamento social
Estreitar o relacionamento com dispositivos tecnológicos também pode afetar a capacidade de se conectar com outras pessoas. A dependência digital, considerada uma doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS) desde 2018, pode ser comparada a um vício em álcool, levando o dependente a se afastar de esferas de sua vida, como trabalho, família e amigos.
A novela Travessia, disponível no Globoplay, abordou o tema de uma maneira didática por meio do personagem Theo, interpretado pelo ator Ricardo Silva. No seu arco dramático, o jovem desenvolveu uma compulsão por jogos eletrônicos e, conforme se afundava no seu universo digital particular, o rapaz ficava cada vez mais agressivo e desprendido da realidade. Embora o seu desfecho não tenha sido uma tragédia, a jornada do personagem foi cercada de perigos e mostrou os riscos da condição para a integridade física e mental.
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