A Neuralink, empresa de chips cerebrais de Elon Musk, está recrutando candidatos para seus primeiros testes clínicos em humanos. No anúncio, feito em um comunicado à imprensa na terça-feira (19), a companhia disse que o experimento vai avaliar a segurança de seus implantes e de robôs cirúrgicos em pessoas com tetraplegia devido à lesão medular cervical ou esclerose lateral. Um formulário para inscrições foi liberado pela empresa, que não deu detalhes de quantos participantes serão inscritos.
De acordo com a Neuralink, o experimento, batizado de PRIME (abreviação de Precise Robotically Implanted Brain-Computer Interface), tem como objetivo inicial permitir que pessoas com paralisia controlem um cursor ou teclado de computador usando apenas seus pensamentos. A aprovação para a realização do estudo clínico em seres humanos foi concedida em maio pela Food and Drugs Administration (FDA), órgão regulatório de saúde dos Estados Unidos.
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Durante o experimento, um protótipo do implante N1 será introduzido cirurgicamente pelo robô R1 em uma área do cérebro que controla a intenção do movimento. A partir daí, o chip, composto por fios ultrafinos e flexíveis, irá transmitir os sinais cerebrais captados para um aplicativo capaz de decodificar a intenção de movimento. Os participantes, então, serão solicitados a usar o N1 Implant e o app para controlar um computador e fornecer feedback sobre o sistema.
Apesar de ter anunciado que está recrutando voluntários para o estudo, a Neuralink ainda não estipulou uma data para começar a implantar chips cerebrais em humanos. De acordo com a empresa, o experimento levará seis anos para se concluído. Também será oferecido acompanhamento clínico e reembolso aos voluntários pelas despesas relacionadas.
A Neuralink, criada em 2016 por Elon Musk, é uma empresa de neurotecnologia focada no desenvolvimento de interfaces que estabelecem uma conexão direta entre o cérebro humano e os computadores. A ideia por trás do empreendimento é permitir que pessoas possam interagir com a tecnologia de forma mais rápida e eficiente, quase simbiótica.
Antes de conseguir a aprovação para testar seus dispositivos em humanos, a Neuralink começou a ser investigada por ter cometido violações ao bem-estar de animais durante os experimentos. A equipe da empresa teria reclamado que os testes têm sido realizados de maneira desleixada e às pressas, causando sofrimento e mortes desnecessárias. A denúncia foi protocolada pelo Departamento de Agricultura dos EUA em dezembro do ano passado, por violações às leis que regulam o tratamento de animais em testes realizados por pesquisadores.
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