Fim do Bluetooth? Cientistas desenvolvem nova maneira de transmitir dados Monitore Tec 30/11/2023

Fim do Bluetooth? Cientistas desenvolvem nova maneira de transmitir dados

Pesquisadores da Universidade de Sussex, no Reino Unido, desenvolveram uma alternativa inovadora e mais eficiente em termos de energia para a transmissão de dados, com o potencial de substituir o Bluetooth em telefones celulares e outros dispositivos tecnológicos. Esta nova técnica, denominada modulação de campo elétrico, utiliza ondas elétricas em vez de ondas eletromagnéticas, oferecendo uma solução de baixo consumo de energia para a transmissão de dados em curto alcance, mantendo a alta taxa de transferência necessária para aplicações multimídia.

Capaz de melhorar a vida útil da bateria em fones de ouvido, rastreadores e outros equipamentos, a tecnologia traz possibilidades de interação com dispositivos para casas inteligentes. É possível, por exemplo, a troca de números de telefone simplesmente apertando as mãos ou destrancar portas tocando na maçaneta.

Fim do Bluetooth? Cientistas desenvolvem nova maneira de transmitir dados — Foto: Divulgação/Philips
Fim do Bluetooth? Cientistas desenvolvem nova maneira de transmitir dados — Foto: Divulgação/Philips

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A modulação de campo elétrico se mostra especialmente adequada para a comunicação em Redes de Área Corporal (BAN), frequentemente usada em tecnologias wearables. Ao contrário da modulação eletromagnética usada em tecnologias como Bluetooth, Wi-Fi e 5G, a nova abordagem da Universidade de Sussex promete uma redução significativa no consumo de energia dos dispositivos, sem sacrificar a qualidade da transmissão de dados.

Liderada pelos professores Robert Prance e Daniel Roggen, a equipe demonstrou a eficácia dessa tecnologia integrando o sistema de modulação de campo elétrico em um par de fones de ouvido comerciais. Embora a qualidade ainda não seja comparável com a do Bluetooth, fornecendo áudio monaural de 8 bits a 16 kHz para uma taxa de transferência de 128 Kb/s, a tecnologia representa um passo promissor para melhorar a vida útil da bateria e o desempenho de futuros dispositivos vestíveis.

A equipe da Universidade de Sussex agora busca parcerias industriais para ajudar a reduzir os circuitos eletrônicos a fim de torná-los aplicáveis para dispositivos pessoais, visando uma futura comercialização. O custo baixo da tecnologia, que pode ser miniaturizada para um único chip e custar apenas alguns centavos por dispositivo, sugere um potencial de implantação rápida e acessível na sociedade.

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