A OpenAI pode começar a fabricar seus próprios chips de inteligência artificial para alimentar o ChatGPT. De acordo com a Reuters, a empresa está considerando entrar no segmento de semicondutores e isto poderia ser feito até mesmo por meio da aquisição de uma fabricante já existente. Se a intenção se concretizar, a companhia se juntaria ao Google e à Amazon no seleto grupo de big techs que controlam o design dos chips necessários à tecnologia que oferecem.
Em um pronunciamento anterior, o CEO da OpenAI, Sam Altman, chegou a culpar a escassez de GPUs pelas preocupações dos usuários em relação à velocidade e confiabilidade da API da empresa. Na ocasião, ele supostamente tornou a aquisição de mais chips de IA uma prioridade.
Além de combater a escassez de componentes, a medida pode também ser motivada pelos custos de pesquisa do ChatGPT. De acordo com um estudo feito pela analista Stacy Rasgon, da Bernstein Research, cada consulta ao ChatGPT custa à empresa cerca de US$ 0,04, o equivalente a cerca de R$ 0,20 em cotação atual da moeda americana.
Para se ter uma ideia, já nos dois primeiros meses, o ChatGPT atingiu cem milhões de usuários mensais. Ainda de acordo com o estudo, se o plataforma atingisse um décimo das pesquisas do Google, seria necessário o investimento inicial de US$ 48,1 bilhões (R$ 244,5 bilhões) em GPUs, além de passar a gastar anualmente em cerca de US$ 16 bilhões (R$ 81,3 bilhões) em chips.
Atualmente, as aplicações feitas por IA são alimentadas em sua maioria por chips fornecidos pela Nvidia. O supercomputador usado no funcionamento do ChatGPT, por exemplo, utiliza cerca de 10 mil GPUs da Nvidia. De acordo com a Reuters, não é possível cravar se a OpenAI seguirá com seus planos de produção.
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