Uma investigação do laboratório Qianxi Xlabs revelou uma ameaça cibernética em algumas TVs Android e TV boxes com sistemas operacionais Android e eCos. Criado pelo grupo Bigpanzi, o malware se disfarça de atualizações de firmware e aplicativos de streaming de vídeo, com o objetivo de transformar dispositivos infectados em nós operacionais. Com isso, o software pode facilitar atividades ilícitas, como ataques de DDoS, proxy de tráfego e distribuição de conteúdo pirata. Segundo a análise, a botnet preocupa pelas suas técnicas sofisticadas de evasão e persistência do malware.
De acordo com o laboratório, foram detectados até 170 mil bots ativos em um único dia, predominantemente no Brasil. A escala do botnet é vasta, com mais de 1,3 milhão de IPs distintos identificados somente no país. O relatório indica ainda que a distribuição dos robôs é concentrada no estado de São Paulo.
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O Bigpanzi tem como alvo dispositivos que executam sistemas operacionais Android e eCos. Usuários são atraídos para instalar atualizações de firmware backdoor ou aplicativos piratas de filmes e TV. Uma vez instalados, os aparelhos se tornam parte da rede de botnets, usados para uma série de atividades ilícitas.
A botnet utiliza diversas técnicas para infectar dispositivos, incluindo a injeção de malware em firmware de OTA (over-the-air) e aplicativos falsificados. Quando infectado, o aparelho se submete ao controle do servidor de Comando e Controle (C2) do Bigpanzi, o que permite a execução de tarefas como ataques de DDoS e serve como um nó em sua rede de distribuição de conteúdo pirata.
Além dos ataques DDoS, o Bigpanzi pode transformar TVs e set-top boxes em veículos para disseminar conteúdo inapropriado, o que pode perturbar a ordem social e a estabilidade. O grupo, por exemplo, conseguiu substituir transmissões regulares nos Emirados Árabes Unidos por imagens da guerra entre Israel e o Hamas.