M3, M3 Pro e M3 Max são os novos chips da Apple, apresentados durante o evento Scary Fast, na segunda-feira (30). A linha é composta pelos primeiros processadores de PC construídos usando a arquitetura de 3 nm (nanômetros). A série M3 estreará no MacBook Pro de 14 e 16 polegadas, bem como no iMac de 24 polegadas. Entre os principais destaques está a evolução da placa gráfica dos componentes.
Para atender a demanda por jogos AAA, a nova série M3 traz Ray Tracing acelerado por hardware e mesh shading para o sistema. Além disso, apresenta melhorias arquitetônicas nos núcleos de desempenho e eficiência e mecanismos personalizados para Inteligência Artificial (IA) e vídeo. Confira abaixo as principais mudanças na nova série de chips M3 da Apple.
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A nova família M3 traz pela primeira vez o Ray Tracing acelerado por hardware e mesh shading para o sistema Apple. Em termos gerais, isso adiciona ao sistema iluminação e reflexos mais realistas e a capacidade de renderizar geometrias mais complexas.
O Ray Tracing é uma técnica avançada de renderização utilizada na computação gráfica para simular a forma como a luz interage com os objetos em uma cena tridimensional, a fim de criar imagens realistas. Aliado com a nova arquitetura gráfica da série M3, o recurso permite que aplicativos profissionais ofereçam até 2,5 vezes a velocidade da família de chips M1.
Já o mesh shading é uma ferramenta que se concentra na otimização da renderização de malhas 3D em unidades gráficas. Mais precisamente, o recurso age significativamente no processamento de geometria em computação gráfica, tornando-o mais eficiente e flexível, o que permite cenas visualmente mais complexas em jogos e aplicativos com uso intensivo de gráficos. De acordo com a Apple, a GPU M3 oferece o mesmo desempenho que a placa gráfica M1 com pouco mais da metade da energia e até 65% mais desempenho no pico.
Os núcleos de desempenho ganharam melhorias arquitetônicas nas CPUs dos chips M3, M3 Pro e M3 Max. Isso significa que a nova série de chips da Apple pode lidar ainda melhor com tarefas computacionais que demandam alto poder de processamento, otimizando o desempenho geral da CPU em cenários que envolvem multitarefa e paralelismo.
Visando um melhor aproveitamento energético, a Apple também melhorou os núcleos de eficiência em seus novos processadores. Projetados para serem utilizados em tarefas leves que não demandam um alto desempenho, os núcleos de eficiência da nova linha M3 são até 50% mais rápidos do que os núcleos de eficiência do M1, o que pode permitir uma maior vida útil à bateria do sistema.
As melhorias passam pela arquitetura do hardware que é construída a partir de três nanômetros, em vez do processo de 5 nm do M1 e M2. De acordo com a Apple, juntos, esses núcleos são capazes de oferecer uma CPU que alcança o mesmo desempenho multithread do M1, usando apenas metade da energia e até 35% mais desempenho na potência máxima.
Os novos chips da Apple também possuem um mecanismo neural aprimorado para acelerar os modelos de aprendizado de máquina. Trata-se do Neural Engine do M3, que lida com tarefas de IA, sendo até 60% mais rápido que os chips M1. Além disso, os três chips da nova série contam com um mecanismo de mídia avançado, que fornece aceleração de hardware para os codecs de vídeo mais populares, incluindo H.264, HEVC, ProRes e ProRes RAW. Esse mecanismo também suporta finalmente a decodificação de vídeo AV1, o que deve tornar o streaming de conteúdo AV1 mais eficiente em termos de energia.
Composto por um total de 25 bilhões de transistores, o M3, chip mais básico da família, possui cinco bilhões a mais que seu antecessor, o M2. O processador apresenta uma CPU de oito núcleos, composta de quatro núcleos de desempenho e quatro núcleos de eficiência, e pode alcançar uma velocidade 35% maior que o chip da primeira geração de processadores da empresa. A GPU, por sua vez, possui um total de 10 núcleos, que prometem um desempenho gráfico 65% mais veloz em comparação ao M1.
O modelo intermediário da família possui um total de 37 bilhões de transistores, aumentando em 4,3 bilhões a quantidade disponível no M1 Pro, o que se traduz, segundo a Apple, em uma velocidade de processamento 30% maior. Em comparação a versão mais básica do M3, o M3 Pro possui muito mais poder de processamento. Isso porque, disponibiliza um total de CPU de 12 núcleos, seis de desempenho, seis de eficiência e uma GPU de 18 núcleos.
Desenvolvido para alcançar o desempenho necessário em cargas de trabalho profissionais mais exigentes, o M3 Max atinge um total de 92 bilhões de transistores, 25 bilhões a mais do que o M2 Max e 35 bilhões a mais que o M1 Max. A Apple afirma que, no total, o M3 Max é duas vezes mais rápido que o M2 Max e 2,5 vezes mais rápido que o M1 Max. Em termos gráficos, o chip mais potente da família possui uma GPU com 40 núcleos, que geram desempenho gráfico 50% maior em relação ao M1 Max. Na CPU, por sua vez, são 16 núcleos, sendo 12 de desempenho e quatro de eficiência, que deixam o processador 80% mais rápido que o M1 Max.
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