Um grupo formado por três estudantes brasileiros venceu um concurso de inteligência artificial (IA) organizado pela Intel. O AI Festival, evento que acontece anualmente, consagrou Laura Jeronimo, Pedro Costa e Raissa Daloia na categoria que compreende a faixa etária entre 13 e 17 anos. O projeto chamado “Rastreamento ocular para a comunicação de pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)” foi pensado para ajudar as pessoas com dificuldades motoras a se comunicarem por meio de tecnologia acessível.
O projeto dos estudantes brasileiros do colégio Centro Paula Souza (CPS) utiliza um software de reconhecimento facial para rastrear o movimento dos olhos do usuário como forma de selecionar letras e números em uma tela para formar palavras. Segundo o grupo, este é um modo de comunicação de baixo custo para pessoas com dificuldades motoras. O anúncio dos vencedores foi feito durante o Intel Innovation 2023, evento da empresa para desenvolvedores que aconteceu nesta semana na Califórnia.
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Em vídeo publicado no YouTube, os estudantes explicam quais são os softwares utilizados no processo e o que visualizam para o futuro do programa. Futuramente, eles querem conjugar teclado e imagens em um único app e utilizar a IA para aprender sobre os gostos do usuário e sugerir palavras pré-programadas. Em última instância, isto deve agilizar o método de comunicação e torná-lo mais rápido e acessível, sem precisar digitar nada.
Laura e Raissa, de 17 anos, e Pedro, que agora tem 18, contaram que trabalham em múltiplos projetos e demonstraram interesse em estudar cada vez mais. Eles foram pegos de surpresa com a oportunidade de ir até o evento em San Jose, na Califórnia, e precisaram se apressar para obter passaportes e vistos para entrar nos Estados Unidos.
O concurso da Intel contou com a participação de estudantes de 26 países em diversas categorias e distribuiu US$ 500.000 de premiação em dinheiro, ou cerca de R$ 2,4 milhões de acordo com a cotação atual da moeda. Também foram oferecidos notebooks com processadores da fabricante, certificados e oportunidades de mentoria.
Na categoria entre 13 e 17 anos, o trio brasileiro superou um grupo de estudantes da Índia, que estabeleceu o uso de IA para incentivar e capacitar as mulheres a superarem a desigualdade de gênero no país e desenvolver interesse nas áreas de matemática, ciência e engenharia.
Em terceiro lugar ficou o projeto de um grupo de estudantes da China, que desenvolveu um aplicativo para a linguagem de sinais. O objetivo era testar o grau de domínio da pessoa na prática da modalidade e oferecer feedback sobre o seu desempenho.
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