Alexa e Google Assistente são duas assistentes virtuais de sucesso e estão presentes em dispositivos de automação, como Google Nest e Amazon Echo. Quem deseja ter uma casa conectada pode usar um simples comando de voz para realizar inúmeras tarefas, desde fazer ligações e mandar mensagens até desligar luzes e ativar outros dispositivos. Porém, antes de fazer um investimento em uma caixa de som smart ou em outro aparelho com assistente virtual, é importante descobrir qual se encaixa melhor no seu perfil: Alexa ou Google Assistente?
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Para ajudar o usuário a fazer uma escolha consciente, o TechTudo criou um guia completo sobre as assistentes virtuais mais populares do mercado. Conheça as funções que cada uma desempenha, os serviços disponíveis, qual é a mais inteligente em termos práticos e mais. Veja no índice abaixo todos os tópicos que serão abordados:
- Alexa ou Google Assistente: qual é melhor?
- Simplicidade no uso
- Quem é mais inteligente?
- Serviços
- Pesquisas na internet
- Interação
- Vídeos, filmes e séries
- Suporte a apps
- Compatibilidade com dispositivos
- Hub para automatizar a casa inteligente
- Smart speakers
- Preços dos dispositivos mais atuais
1. Alexa ou Google Assistente: qual é melhor?
As assistentes virtuais foram criadas para auxiliar o usuário a realizar tarefas básicas, como organizar a agenda, criar lembretes, mandar mensagens e marcar reuniões. Neste ponto, ambas as assistentes mandam bem. No entanto, uma vantagem do Google Assistente é a presença em todos os celulares Android, nos aparelhos Chromecast e em algumas smart TVs de forma nativa, além de, claro, no Google Nest, a linha de caixinhas inteligentes da marca. Isso faz com que o Google Assistente seja melhor no quesito integração, podendo interagir bem com outros serviços do Google, como o Gmail e a Agenda.
Já a Alexa se popularizou através da Echo Dot, a primeiro smart speaker a chegar no Brasil. A grande vantagem da assistente virtual da Amazon é sua fala natural e a facilidade de entender comandos, mesmo em ambientes com muito ruído. Para acessá-la, basta falar “Alexa” e pedir, por exemplo, que ela toque uma playlist específica em determinado app de música, diga a previsão do tempo ou que conte uma história de ninar. Atualmente, a Alexa também está presente em outros dispositivos, como smart TVs, o dongle Fire TV stick e o Echo Show, que é um modelo de assistente com tela para deixar a casa mais inteligente.
Tanto a Alexa quanto o Google Assistente são muito simples de usar, sendo ambas as configurações bastante intuitivas. O aplicativo da Alexa é bem completo e para acessá-lo basta fazer login com uma conta Amazon. Em seguida, será preciso ler algumas frases para que a assistente faça o reconhecimento de voz. Dentro do app, é possível ativar diversos recursos para adicionar ainda mais funcionalidade à Alexa, como vinculá-la ao Spotify, portais de notícias, ferramentas educativas, entre outros.
Em dispositivos Android, a assistente do Google é nativa e para ativá-la basta realizar o reconhecimento de voz lendo algumas frases simples. Depois, é só dizer “Ok Google” para que a assistente responda ao comando que será falado em seguida. Além disso, é possível fazer várias personalizações dentro da plataforma, como criar rotinas para que a assistente te ajude a sair de casa no horário correto ou para deixar o ciclo de sono mais saudável.
3. Quem é mais inteligente?
É difícil responder de forma prática a esta questão. Afinal, tudo vai depender do perfil do usuário e de como ele pretende utilizar as assistentes no dia a dia. Se o objetivo é deixar a casa mais inteligente, tanto Alexa quanto Google Assistente fazem um ótimo trabalho, já que a maioria dos dispositivos no mercado, como lâmpadas inteligentes e outros gadgets, são compatíveis com ambos os sistemas.
Caso já esteja acostumado a usar aparelhos Android, a assistente do Google será a melhor escolha. Como o ecossistema da fabricante é todo interligado, a assistente já possui bastante informação sobre o usuário, como hábitos de busca, contatos frequentes e lugares mais visitados. Com todo esse conhecimento armazenado no sistema, as respostas são mais inteligentes e personalizadas. O Google Assistente também traz integração com outros serviços da marca, como Gmail, YouTube e Google Maps, permitindo responder de forma prática se o restaurante favorito do usuário está aberto ou sobre como está o trânsito até a casa.
Já a Alexa é indicada para quem busca por uma assistência mais humana, com respostas menos robóticas e com mais personalidade. A assistente da Amazon também é melhor em reconhecer frases mais informais, como gírias e expressões regionais. Além disso, a Alexa tem a vantagem de possuir várias “Skills” (habilidades, em tradução direta) que podem ser ativadas no aplicativo e permitem, por exemplo, pedir comida pelo iFood ou solicitar uma corrida no Uber.
Tanto a Alexa quanto a assistente do Google respondem muito bem a funções básicas. Utilizando apenas o comando de voz, é possível pedir que as assistentes falem as notícias de destaque no dia, além de marcar reuniões e definir alarmes. Além disso, ambas conseguem auxiliar o usuário a se organizar melhor em tarefas da rotina, criando listas de compras, controlando a agenda e, até mesmo, enviando lembretes para membros da família sobre compromissos futuros.
No quesito pesquisa na internet, o Google Assistente sai na frente. Como é integrado ao sistema Android e ao buscador do Google, ele consegue dar respostas mais personalizadas, baseando-se no histórico de buscas e em outros hábitos de navegação do usuário. Já a Alexa dá preferência para pesquisas dentro das skills habilitadas e, mesmo quando solicitada, não mostra os resultados de forma específica.
Em um teste, foi pedido para que as assistentes virtuais dessem uma receita de bolo de chocolate. Enquanto o Google Assistente entregou diversos resultados, com destaque para as receitas mais populares, a Alexa mostrou uma receita encontrada no site Cookpad (que é uma de suas skills). Quando foi pedido que a busca fosse feita de forma geral na internet, ela não conseguiu realizar a tarefa.
Sem dúvidas a Alexa sai na frente na interação. Seu ponto forte é a fala mais natural, dando a impressão de estar conversando com um ser real e não uma máquina. A Alexa também consegue captar diferentes sotaques e escutar melhor em ambientes barulhentos. Além disso, a assistente da Amazon possui uma personalidade marcante e até gosta de contar piadas.
A Alexa canta, recita poemas, responde aos elogios ou xingamentos, e faz outras atividades para divertir o usuário. Todo dia, ao falar “Alexa, bom dia”, a assistente trará algum fato interessante ou uma curiosidade sobre a data. São muitas possibilidades de interação, e esta lista do TechTudo reúne 80 comandos para usar com a Alexa.
Já o Google Assistente é mais robótico e menos natural nos diálogos, apesar de reagir melhor a certos comandos e ter a função de “conversa contínua”, que permite ao usuário fazer perguntas secundárias para refinar as respostas da assistente.
7. Vídeos, filmes e séries
Um uso possível para as assistentes virtuais é pedir recomendações de vídeos, filmes e séries. Por ter melhor integração com o sistema Android, a assistente do Google reage muito bem com buscas de vídeos no YouTube, por exemplo. Já a Alexa consegue dar melhores recomendações de filmes e séries no Amazon Prime Video.
Além disso, é possível utilizar ambas as ferramentas para saber mais sobre um filme ou série, como o ano de lançamento, tirar dúvidas sobre o elenco, descobrir o nome de um ator ou em quais outros filmes ele trabalhou. No caso da Amazon, ainda é possível unir as recomendações com a tela smart Echo Show, que reproduz o vídeo.
As assistentes virtuais contam com o suporte de outros recursos para dar mais funcionalidade e personalização aos seus serviços. Como dito anteriormente, o Google Assistente tem integração com os aplicativos do sistema Android, como YouTube, Gmail, Google Maps e outros. Além disso, é possível vincular uma conta do Spotify, configurar a fonte de notícias favorita, os lugares que frequenta, o transporte de preferência e mais.
A Alexa tem uma grande variedade de Skills, que são ferramentas complementares usadas para deixar a assistente mais inteligente. Com o recurso, é possível receber notícias apenas do seu time do coração, escolher qual o portal jornalístico favorito e até “ensinar” novos talentos para a Alexa, como cantar e jogar games. Além disso, a Alexa tem compatibilidade com vários apps de música, como o Amazon Prime Music, Deezer, Spotify e outros. Também é possível sincronizar a assistente com apps de delivery de comida, como o iFood, ou de transporte privado, como o Uber.
9. Compatibilidade com dispositivos
A maioria dos aparelhos inteligentes disponíveis no mercado possuem compatibilidade tanto com a Alexa quanto com o Google Assistente. No entanto, como a assistente da Amazon chegou primeiro e se popularizou com mais rapidez, ela leva uma pequena vantagem neste quesito. É possível encontrar todo tipo de equipamento inteligente compatível com a Alexa, até mesmo das marcas mais acessíveis ou desconhecidas. Lâmpadas, tomadas, fechaduras e alarmes são alguns dos exemplos disponíveis.
Já a assistente do Google, como dito anteriormente, leva vantagem na compatibilidade e integração entre os produtos da marca, funcionando melhor em celulares Android, Chromecast e outros produtos da fabricante.
10. Hub para automatizar a casa inteligente
As duas marcas mandam bem quanto o assunto são os Hubs para automatizar a casa. Com estes dispositivos, é possível controlar vários equipamentos inteligentes em um só lugar, utilizando apenas o comando de voz. O usuário pode, por exemplo, ligar ou desligar uma lâmpada, controlar as câmeras residenciais, acionar o robô aspirador ou configurar sistemas de segurança tudo no mesmo equipamento.
A Amazon possui mais opções de aparelhos vendidos no Brasil, sendo os modelos avançados o Echo Show 10, com um display HD de 10,1 polegadas que consegue acompanhar o movimento do usuário, e o Echo Show 15, projetado para ser pendurado na parede com uma tela de 15,6 polegadas e controle remoto com Alexa.
Já o Google vem lançando novos dispositivos para tentar bater de frente com os populares equipamentos da Amazon. O Google Nest Hub tem uma tela de alta definição e integração com o Google Fotos, permitindo que o usuário veja automaticamente as fotografias que foram capturadas pelo smartphone. No entanto, o dispositivo ainda não está disponível no Brasil.
É inegável que as caixas de som inteligentes, ou smart speakers, da Amazon fazem mais sucesso. Sendo assim, é possível encontrar diversos modelos disponíveis no Brasil, como a popular Echo Dot, que já está na quinta geração, a nova Echo Pop e a poderosa Echo Studio, que possui Dolby Atmos e tecnologia de processamento de áudio espacial. O grande diferencial dos produtos da Amazon é que eles se conectam a diferentes apps de música, como o Amazon Music, Deezer, Spotify, Apple Music, Apple Podcasts e Claro Música.
Já o Google possui como modelo de entrada o Google Nest Mini, que, apesar do tamanho, consegue entregar uma boa qualidade de áudio. Outra opção é o Google Nest Áudio, com som de altíssima qualidade e Woofer de 3 polegadas. Além disso, as caixinhas inteligentes do Google se integram bem ao Spotify e são os únicos dispositivos capazes de acessar o Youtube Music.
12. Preços dos dispositivos mais atuais
Com a variedade de equipamentos oferecidos, também existe uma diferença entre os preços dos produtos. A versão mais econômica Echo Dot, por exemplo, pode ser comprada entre R$ 229 e R$ 529, dependendo das funções e especificidades que o usuário procura. Já os modelos mais avançados, como o Echo Studio e o Echo Show, custam cerca de R$ 1.599 e R$ 1.799 nas versões mais potentes.
O modelo de entrada do Google sai um pouco mais em conta, o Nest Mini de segunda geração pode ser encontrado por R$ 190, enquanto o preço do Nest Audio está R$ 599, em média. Já o Google Nest Hub de segunda geração ainda não foi lançado no Brasil, mas é comercializado nos Estados Unidos por US$ 100, cerca de R$ 482, na cotação atual.
Como configurar Alexa na Amazon Echo Dot
Nota de transparência: Amazon e TechTudo mantêm uma parceria comercial. Ao clicar no link da loja, o TechTudo pode ganhar uma parcela das vendas ou outro tipo de compensação. Os preços mencionados podem sofrer variação e a disponibilidade dos produtos está sujeita aos estoques. Os valores indicados no texto são referentes ao mês de agosto de 2023.