Como escolher um Notebook? Entenda as especificações de cada modelo! Monitore Tec 25/06/2022

Como escolher um Notebook? Entenda as especificações de cada modelo!

Ao entender cada detalhe da configuração, você pode comprar o notebook ideal para o seu dia a dia

Escolher um notebook pode ser mais difícil do que parece, afinal, são milhares de opções de modelos cheios de detalhes que muita gente pode não saber muito bem o que significam.

Processador, memória RAM, armazenamento, tamanho e resolução de tela, placa de vídeo… Pode acreditar, cada uma dessas características tem uma importância na hora de comprar um notebook.

A primeira coisa que você deve pensar é em como você vai usar o notebook, já que isso é essencial na hora de escolher um notebook com bom custo-benefício. Ou seja, que atenda bem às suas necessidades por um bom preço.

Montamos um passo a passo completo para te ajudar a escolher o melhor notebook para você. Dê uma olhada!

Processador: o cérebro do notebook

Para aprender como escolher um notebook, você precisa entender como funcionam os processadores (Foto: Reprodução/Shutterstock)

O processador é o responsável por coordenar todas as ações do notebook, assim como o cérebro no corpo humano. Logo, quanto melhor for o processador, mais rápido vai ser o notebook.

Atualmente, a maior parte dos modelos têm processadores Intel Core i3, i5, i7 e i9. Os processadores Intel Core i3 são os mais simples da categoria, indicados para quem vai usar tarefas básicas do notebook, como navegar na internet, ver vídeos em streaming e trabalhar com edições de arquivos leves, como textos ou tabelas e apresentações de slides. Veja um exemplo de excelente notebook i3 abaixo.

Já os notebooks com Intel Core i5 são ideais para quem vai trabalhar com programas um pouquinho mais exigentes, como editores de fotos, tabelas e programas de cálculos mais elaborados e até alguns jogos pesados. Ah, o processador Intel Core i5 também vai oferecer mais velocidade de trabalho nas tarefas simples. Continuando, veja um exemplo de um ótimo notebook i5 a seguir.

Finalmente, o processador Intel Core i7 é um modelo avançado da Intel, e por isso mais caro. Ele é indicado para quem realmente precisa de um processamento poderoso para trabalhar com os programas mais pesados, como editores de vídeos e softwares de cálculos muito complexos. Você poderá notar isso ao conhecer um dos melhores notebooks i7 que temos aqui.

A Intel também possui o Core i9, com dez núcleos. Se consideramos o i7 um processador avançado, digamos que o i9 é a opção top de linha. Saiba mais sobre essa linha vendo nosso artigo sobre notebooks i9.

O Intel Core i9 é o modelo mais potente entre os processadores Intel (Fonte: ArieStudio / Shutterstock.com) 

Sendo de longe o mais potente, ele é mais procurado por usuários que desejam montar uma máquina de jogos que levará muitos anos para ficar obsoleta ou estão atrás do melhor equipamento para minerar criptomoedas. Por conta disso, ele é mais raro de encontrar, além de ser muito mais caro.

As nomenclaturas i3, i5, i7 e i9 dão um indicativo do poder de processamento. Quanto maior o número, supostamente melhor é o processamento. Por isso que o i7 e i9 costumam ser mais recomendados para muitas tarefas e para rodar programas pesados.

Mas não se guie apenas por essa nomenclatura. Na hora de escolher um notebook, vale a pena saber a qual geração o seu processador pertence.

Um i7 de 8ª geração, por exemplo, tem menor poder de processamento que um i5 de 10°. Isso acontece por que os núcleos desse i5 são construídos com uma tecnologia mais avançada, fazendo com que a soma de potência em cada núcleo do i5 supere a do i7. Além disso, processadores mais atuais também costumam consumir menos energia.

Mesmo dentro da categoria de cada um desses processadores, você vai encontrar diferentes gerações. Até 2021, os mais atuais são os processadores Intel Core de 11ª geração. Eles mantém as nomenclaturas i3, i5, i7 e i9. Mas vale lembrar que processadores de 10ª e 9ªgeração também estão disponíveis.

Nos modelos básicos com i3, costumamos recomendar que pegue processadores da geração atual e, caso realmente precise economizar, fique com um da 10ª. Por serem fabricados com tecnologia mais atual, o poder de processamento de cada núcleo costuma ser satisfatório, evitando lentidão.

Já os modelos i5, i7 e i9 podem ser da 9ª geração, já que a quantidade de núcleos compensa a tecnologia um pouco mais defasada. Ainda assim, nossa recomendação é sempre correr atrás do processador de geração mais atual possível.

E é claro que, quanto mais recente, melhor é o desempenho do notebook, já que estão preparados para lidar com tecnologias mais atuais, além de, normalmente, representarem melhor eficiência energética, ou seja, gastam a menor quantidade de bateria possível. Atualmente, a 11° geração da Intel é a mais atual, mas a 12ª geração provavelmente chega em 2022.

Ah, vale lembrar que você também pode encontrar modelos com processadores mais simples que o i3, como o Intel Celeron. Porém, não recomendamos mais que adquira notebooks equipados com essa linha de processadores.

Outra coisa que vale mencionar é que a Intel não é a única fabricante de processadores para notebooks, embora seja a mais conhecida. A AMD também possui sua própria linha, que costuma vir equipada em notebooks gamers, mas também está disponível em algumas opções intermediárias.

Os processadores Ryzen da AMD também se dividem em quatro opções: Ryzen 3, Ryzen 5, Ryzen 7 e Ryzen 9. Assim como os processadores da Intel, o que diferencia cada um é o número de núcleos.

Ou seja, o Ryzen 3 é mais indicado para tarefas básicas, o Ryzen 5 costuma estar entre os intermediários, o Ryzen 7 para tarefas pesadas e o Ryzen 9 para quem precisa do máximo de potência que um processador pode oferecer. Ao mesmo tempo, também é interessante considerar a geração a qual esses processadores pertencem.

Atualmente, a 4ª geração é a mais atual da AMD, mas ainda é possível encontrar Ryzens de 3ª e 2ª geração. Veja abaixo um exemplo de notebook com AMD Ryzen de ótima performance.

Memória RAM é o espaço de trabalho do seu sistema

A memória RAM armazena arquivos temporários para agilizar o seu trabalho (Foto: Reprodução/Shutterstock)

A memória RAM é usada no curto prazo, gerenciando os programas que são carregados do seu HD ou SSD. Pense em sua mesa de trabalho. Quanto mais espaço disponível e melhor a organização, mais projetos você consegue realizar simultaneamente, não é mesmo? Então, é mais ou menos assim que a memória RAM de um notebook funciona, organizando os processos que estão sendo trabalhados pelo processador.

Um notebook com memória RAM de 4GB oferece memória suficiente para abrir os programas mais simples, como navegadores da internet, editores de texto e reprodução de vídeos. E, para evitar lentidão no sistema, o ideal é que você mantenha poucas tarefas abertas ao mesmo tempo. Veja um exemplo de notebook com 4GB de RAM abaixo.

Já os notebooks com 8GB de RAM têm o melhor custo-benefício e são indicados para quem precisa abrir programas mais pesados, como editores de fotos, programas de design e, claro, boa parte dos jogos atuais. Essa capacidade também permite que você trabalhe com melhor eficiência, mesmo com mais tarefas abertas ao mesmo tempo. Assim como antes, veja outro exemplo de notebook com 8GB de RAM.

Agora, se você quer muito espaço para trabalhar, ou seja, quer trabalhar com os programas mais pesados disponíveis, como editores de vídeos, softwares de cálculo ou engenharia mais complexos e os jogos mais avançados, o ideal é escolher um notebook com RAM de 16GB ou mais.

Claro que eles costumam custar bem mais que os notebooks acima, mas o investimento costuma valer para quem precisa de performance. Veja um exemplo de notebook com 16GB de RAM a seguir.

Armazenamento é o espaço para salvar arquivos e programas

Nem sempre o maior armazenamento é um bom critério na hora de escolher um notebook (Fonte: Reprodução/Shutterstock)

Muita gente confunde, mas a memória RAM não tem ligação com a quantidade de arquivos e programas que você pode guardar. Inclusive, temos um guia que te mostra exatamente para que serve a memória RAM. Retomando, quem define a quantidade de arquivos e programas que pode instalar no seu PC é definido pelo armazenamento do notebook. Esse tipo de armazenamento em notebooks se divide por três tipos: HD, SSD e HD híbrido.

O HD é o disco rígido padrão, e também a forma de armazenamento mais barata. As opções do mercado costumam variar entre 500GB e 2TB, mas notebooks com HD de 1TB são os mais comuns no momento. Isso é mais que suficiente para quem salva arquivos de textos, planilhas, fotos e alguns filmes, por exemplo. Veja um exemplo de notebook om HD de 1TB abaixo.

Os SSDs têm a vantagem de serem até 10 vezes mais rápidos ao acessar arquivos na inicialização do notebook. Além disso, são mais leves e mais seguros na proteção dos arquivos, que ficam menos suscetíveis a possíveis danos.

Mas eles também têm custo mais alto e muitas vezes contam com menor capacidade, como 256GB ou 512GB. Também existem SSDs de 1TB, mas costumam ser bem caros, como pode ver nesse modelo de notebook com SSD de 1TB.

Uma solução intermediária, ou seja, que junta a melhor velocidade ao abrir programas e inicializar o notebook, com o espaço do HD são os modelos com armazenamento híbrido. Eles costumam contar com SSD de 128GB, normalmente utilizado apenas para armazenar o sistema operacional e seus programas mais usados, e HD de até 1TB.

Essas opções são normalmente usadas nos melhores notebooks gamers, como pode ver no exemplo abaixo.

Você também pode optar por fazer o upgrade para SSD comprando o componente separadamente. E alguns notebooks mais avançados vêm com uma entrada M.2 extra, que permite usar tanto o HD quanto um SSD ao mesmo tempo. Notebooks da Samsung costumam ter portas fáceis para instalar esse tipo de SSD, como é o caso do Samsung Book X30 abaixo.

A placa de vídeo é responsável pelo processamento gráfico

Quer um notebook para rodar editores ou jogar onde quiser? Então as placas de vídeo são essenciais no seu notebook! (Foto: Reprodução/Shutterstock)

Quem está procurando um notebook para jogos já deve saber que processador e memória RAM não são os únicos fatores importantes, já que o processamento gráfico, ou seja, a capacidade de “ler” e exibir as imagens, fica por conta da placa de vídeo.

Se você não for trabalhar com programas como editores de imagens ou jogos pesados, pode optar por modelos de notebook com placa de vídeo integrada, que vai rodar bem as demais tarefas, inclusive a exibição de filmes e séries em streaming com boa qualidade.

Os notebooks com placa de vídeo dedicada devem ser escolhidos de acordo com o tipo de programa e processamento gráfico que você precisa. Aprender como comparar placa de vídeo é o que fará com que saiba como escolher o equipamento ideal para rodar seus jogos favoritos no mínimo em Full HD com 60FPS ou mais.

Para editar fotos e vídeos em menor resolução e para jogos mais leves, as chamadas placas de vídeo de entrada dão conta do recado, como a GeForce MX110, GeForce MX230 ou MX330. Veja um notebook com uma dessas placas de vídeo abaixo.

Tarefas que exigem um pouco mais de desempenho gráfico, como edição de vídeos em maior definição ou para games pesados em alta qualidade, pedem placas um pouco mais avançadas, como a Nvidia GeForce GTX 1050 ou 1050 Ti ou as Nvidia GeForce GTX 1650, um pouco melhores que as 1050, mas ainda consideradas intermediárias.

Agora, caso você vá trabalhar com tarefas realmente muito pesadas, como edição de vídeos complexos em 3D ou programas de design muito avançados, pode ser melhor investir em placas de vídeo tops de linha, como a GeForce RTX 2060 ou a GeForce RTX 2080 Super, que possuem as recentes tecnologias gráficas de Ray Tracing e DLSS 2.0.

Para quem quer um notebook gamer super poderoso e que vá rodar qualquer jogo com o máximo de configurações gráficas, precisará escolher um modelo com as placas de vídeo mais recentes, as GeForce RTX de série 30 como a RTX 3080. Mas vale notar que esses modelos têm custo muito mais alto, e são indicados apenas para quem precisa de altos recursos para uso profissional.

Tamanho e definição de tela

Uma tela Full HD não é necessária na hora de escolher um notebook para trabalho, mas pode fazer toda a diferença se busca um computador gamer (Foto: Reprodução/Shutterstock)

Como dissemos, quem quer ver filmes e séries no notebook não precisa se preocupar com uma placa de vídeo. Mas é bem importante ficar atento ao tamanho e resolução de tela.

A maior parte dos notebooks têm tela de 14″ ou 15,6″, com definições HD ou Full HD. Como é esperado, quanto maior for a tela e maior a resolução, mais imersiva e detalhada será a visualização.

Os notebooks de 14″ com definição HD não são legais para ver filmes e séries em streaming ou rodar jogos com boa qualidade de imagem. Você também pode optar por modelos te 15,6″ com resolução HD, caso prefira tela um pouco maior, mas não pode pagar mais pela definição Full HD, mas que também não indicamos tanto assim.

A configuração ideal para quem está buscando como escolher um notebook é mirar em computadores com tela de resolução Full HD, no mínimo. Mesmo modelos com telas menores que 15 polegadas terão imagens de boa qualidade caso tenham essa resolução. Confira nossa lista com os melhores notebooks de 14 polegadas e com tela Full HD e um bom exemplo de computador com essa tela.

Os notebooks com tela Retina são exclusividade dos MacBooks da Apple. Com resolução que fica entre o Full HD e o 4K — que só é possível em telas acima de 27 polegadas. Porém, vale mencionar que, apesar da tela excepcional, como notamos em nosso review do MacBook Air M1, um notebook da Apple requer um investimento considerável.

Na hora de escolher o tamanho de tela do notebook, também vale considerar a mobilidade do aparelho, já que os modelos com tela menor costumam ser mais leves. Aliás, se você leva o notebook para a faculdade ou usa muito em viagens, pode considerar alguns modelos com telas de até 13″.

Sistema Operacional: Windows, Mac OS, Linux e Chrome OS

O sistema operacional define alguns fatores como o visual da sua área de trabalho, a forma de navegação entre as tarefas e programas compatíveis com o seu computador.

O Windows é o mais popular, aquele usado na maior parte dos notebooks ou mesmo em escritórios, compatível com os programas do famoso pacote Office, como Word e Excel, praticamente onipresentes em ambientes profissionais. É a opção mais familiar, com navegação intuitiva e já bem conhecida, sem mistérios.

O sistema operacional Linux não é tão conhecido, mas é muito utilizado por programadores e especialistas em informática. Vale mencionar que você pode precisar encontrar versões alternativas dos programas mais usados.

Como o Linux é gratuito e tem código aberto, a vantagem é que os modelos com esse sistema operacional costumam ser mais baratos e permitem maior personalização da interface. Inclusive, alguns dos notebooks gamers mais procurados da Acer usam o Endless OS da Linux, como o modelo abaixo.

Exclusivo dos Macbooks, os notebooks da Apple, o Mac OS é o queridinho dos profissionais de design ou artes visuais e fãs de inovação, com navegação bem intuitiva e cheia de recursos interessantes, como a navegação fácil com iPhones e outros dispositivos da Apple. Além disso, o Mac OS tem aplicativos exclusivos da marca e programas compatíveis com o Microsoft Office.

Também vale mencionar o Chrome OS, sistema operacional do Google presente em notebooks pequenos, indicados para quem vai realizar basicamente todas as suas tarefas na internet, seja na edição de arquivos salvos na nuvem do Google Drive, seja na navegação de sites e exibição de filmes em streaming.

Conexões com outros dispositivos

O que vai definir a quais aparelhos ou dispositivos o notebook será ligado, como mouse, impressora, caixas de som ou até uma TV para ver seus filmes em tela grande, é definida pela conectividade do aparelho.

É importante verificar se o número de portas USB disponíveis no notebook são suficientes para você. Por exemplo, se você só usa essas conexões para conectar um mouse ou HD externo, um notebook com duas ou três portas USB é suficiente.

Caso costume realizar transferências de arquivos com frequência, vale procurar um notebook com USB 3.0 ou maior, que trabalha mais rápido. Alguns modelos oferecem também uma entrada rápida para cartões de memória.

Para a conexão com smartphones, os notebooks também usam as portas USB, mas alguns celulares mais recentes têm entrada USB Tipo-C, disponível apenas em alguns notebooks, então vale a atenção.

A conexão HDMI é muito usada para ligar notebooks e TVs HD, Full HD ou 4K, já que fazem a transferência de imagens e áudio com qualidade digital. Alguns notebooks também oferecem portas VGA e DisplayPort, compatíveis com monitores.

Os Macbooks são um pouquinho diferentes, já que usam a porta USB Thunderbolt 3, mais uma exclusividade da Apple. Nesse caso, pode ser preciso investir em um adaptador para a conexão HDMI.

Como comprar o notebook com melhor custo-benefício para você?

Ok, é muita informação, né? Mas a boa notícia é que, na maior parte das vezes, os notebooks já apresentam um conjunto de configurações indicado para diferentes necessidades, então é só conferir se o modelo está dentro do que você espera.

Por exemplo, se você vai trabalhar com tarefas leves, como acessar a internet, editar arquivos de texto e planilhas e reproduzir filmes em streaming, um notebook com Intel Core i3, RAM de 4GB, placa de vídeo integrada e armazenamento em SSD será o suficiente.

Já quem quer mais velocidade de trabalho e bom desempenho em algumas tarefas um pouco mais pesadas, como jogos e edição de imagens, vai se sair muito bem com notebooks com Core i5, RAM de 8GB e uma placa de vídeo básica ou intermediária, de acordo com a exigência gráfica dos jogos e programas que você vai rodar.

E, como você pode imaginar, quem vai lidar com os programas mais pesados, deve apostar em notebooks com o poderoso processador Intel Core i7, RAM com 8GB ou mais e placa de vídeo dedicada, mais uma vez de acordo com as exigências dos jogos e programas:

Pesquisando bem dentro dessas categorias, não tem como errar! E aí é só procurar pelos outros detalhes, como tamanho de tela, espaço de armazenamento e conexões.